2 de março de 2022 | Tempo de leitura: 5 min
Soluções em nuvem onde um software pode ser hospedado geralmente contêm mais opções de escolha no que se
refere à armazenamento e processamento
Segundo previsão da Gartner, o faturamento com serviços de computação em nuvem pública vai crescer mais
do que todos os outros serviços em Tecnologia da Informação. Segundo especialista na área, para área de
desenvolvimento de softwares, a computação em nuvem oferece várias vantagens.
Se em 2022 pelo menos 50% dos líderes de grandes empresas afirmaram que a computação em nuvem é
indispensável e impactante nos negócios, até 2027 esse percentual chegará a 90%. É o que atesta estudo
feito pelo Gartner, consultoria global em Tecnologia da Informação (TI). A companhia prevê que até 2026,
o mercado de serviços em nuvem pública deve faturar US$ 1 trilhão e o crescimento nessa área vai superar
todas as outras áreas de TI.
De acordo com a consultoria, se hoje a maioria das pessoas pensam na nuvem como uma plataforma de
tecnologia, esse entendimento mudará significativamente daqui a quatro anos. Isso porque a computação em
nuvem não será apenas uma abordagem tecnológica para o fornecimento de aplicativos, mas servirá também
como principal impulsionador da inovação nos negócios.
Em se tratando de inovação, um dos segmentos que mais vão ganhar com a ampliação dos serviços em nuvem é
a área de desenvolvimento de softwares. Com mais de sete anos de experiência nessa área, o especialista
em TI Caio Costa Xavier explica que a computação em nuvem para o desenvolvimento de softwares e
aplicativos tem algumas vantagens quando comparada à computação via servidores locais. Na visão dele, as
principais vantagens são a escalabilidade e o baixo custo.
“Em um software desenvolvido em servidores locais, caso haja um aumento de usuários em sua utilização,
será necessário aumentar a capacidade de processamento dos servidores e outros recursos para suportar o
aumento da demanda dos usuários”, explica, acrescentando que “esse aumento de recursos geralmente não é
barato e rápido devido ao alto custo dos servidores e tempo de instalação”.
Segundo Xavier, caso o aumento da capacidade de processamento não for viabilizado, o software não
conseguirá atender a alta demanda, piorando a experiência dos usuários com o uso desse software.
“Já com a computação em nuvem, sem a necessidade de servidores locais e utilizando soluções de grandes
empresas de tecnologia, é possível escalar um software para atender uma alta demanda facilmente e
rapidamente sem necessidade de comprar novos servidores. Para isso basta comprar ou solicitar mais
recursos e poder de processamento direto com a empresa que hospeda a solução em nuvem”, detalha.
O especialista em TI, Caio Xavier, comenta que para o desenvolvimento de softwares usando ambientes de
nuvem, as empresas que oferecem essas soluções garantem mais algumas vantagens, como flexibilidade,
segurança e agilidade na implantação. Ele explica que as soluções em nuvem onde um software pode ser
hospedado geralmente contêm mais opções de escolha no que se refere à armazenamento e processamento,
possibilitando o desenvolvimento de softwares de acordo com a demanda.
“Essas soluções também contêm ferramentas de segurança para a proteção dos dados e ferramentas que
permitem uma disponibilidade de aplicações desenvolvidas para os usuários de forma mais rápida e
eficiente. Dessa forma, esse software consegue ser mais seguro e rápido de ser disponibilizado”, atesta
o profissional.
Segundo o estudo “O futuro da computação em nuvem até 2027: de tecnologia para negócios inovadores”,
daqui a quatro anos, pelo menos 50% das organizações usarão as plataformas em nuvem para acelerar suas
iniciativas de negócios digitais. Em 2022, esse percentual era de menos de 5%.
Além disso, a consultoria prevê que em 2027, a organização das áreas de TI nas organizações vai ser
concentrada em grupos de produtos, composta por engenharia de softwares e equipes de linhas de negócios
(ou de produtos). Essas áreas também deverão agregar grupos de valor, como organização de plataforma,
ciência de dados, equipe de retaguarda (ou back office), arquitetura corporativa (EA) e segurança de
dados.
E por falar em segurança, no que se refere à segurança em nuvem, a Gartner prevê que o que se sabia até
uns anos atrás mudará radicalmente até 2027. Se em 2014, a segurança em nuvem era considerada menor do
que em servidores locais, hoje se acredita que o armazenamento em nuvem é mais seguro. Em 2027, a
percepção será de que somente a computação em nuvem é aceitável.